quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Em memória

Dedicado á um amor.

Ao amor paciente que ainda pulsa
silencioso
doce como as ondas do meu mar
que paira sobre o céu estrelado do meu coração

Vejo os dias escoarem nos meus dedos cortados
a minha ansiedade deixou de ser normal
a terapia não resolve o meu caso
acham que devo estar ficando louca

Na verdade, essas insinuações caem sobre meu choro
o pensamento remete as nossas conversas
seus dedos agarrados na minha cintura
suas palavras, seus lábios, seu grito

Amar não dói
amar você em silêncio é o que dói
compor sobre seus cachos é como fazer gestos para cegos

E o meu caminho não tem chegada

Vi seu sorriso hoje
pude estar com ele mais alguns segundos
não queria mais voltar

Te amar não dói
Me amar dói,
te mata.